Catedrais da corrupção
Qual foi o livro brasileiro do ano? Não vi um só grande romance publicado. Tentei ler os premiados. Tudo historinha para boi cochilar e amigo louvar. O melhor livro publicado em 2014 saiu por uma editora universitária, a editora da Universidade Federal Fluminense (UFF), e tem como título “”Estranhas Catedrais – As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-Militar””. O autor é um jovem historiador de 31 anos de idade, Pedro Henrique Pedreira Campos. Na obra, Campos prova que as relações incestuosas entre empreiteiras e Estado no Brasil tiveram na ditadura de 1964 o seu ponto de decolagem. O autor demonstra também que nossos capitalistas nada tem contra a corrupção, vendo nela um dispositivo como qualquer outro para aumentar seus lucros.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Pedro Henrique Pedreira Campos esclareceu: “A gente tenta ler a corrupção como exceção. Mas o que eu noto, considerando a história do capitalismo, é que a apropriação do público pelo privado é mais uma regra. As empreiteiras calculam a corrupção para obter lucro. Assim, se eu tenho que lucrar com uma obra, vou usar todos os métodos disponíveis”. Empreiteiras e corrupção é um casamento natural. A benção foi dada pelo ditador Artur da Costa e Silva, que, com o decreto 64.345, de 10 de abril de 1969, fechou as portas para empresas estrangeiras em obras de infraestrutura no Brasil. Pequenas empresas regionais como a Odebrecht agigantaram-se em pouco tempo.
Segundo Campos, o quadro do regime militar teve a moldura perfeita para as empreiteiras: “Durante a ditadura, elas tiveram acesso direto ao Estado, sem mediações, sem eleições. Havia um cenário ideal para o seu desenvolvimento: a ampla reforma econômica aumentou recursos públicos disponíveis para investimentos e mecanismos legais restringiram gastos para a saúde e educação e direcionaram essas verbas para obras públicas, apropriadas pelas empreiteiras – grandes projetos, tocados sob a justificativa do desenvolvimento nacional, como a Transamazônica, a usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói”.
Extraordinárias fortunas cresceram felizes.
Militares ganharam cargos estratégicos em corporações nacionais e estrangeiras que faziam bons negócios com o Estado. Campos apresenta um quadro com 21 nomes e funções. Golbery do Couto e Silva presidiu a Dow Chemical. Também trabalhou para o Banco Cidade. O general João Baptista Leopoldo Figueiredo esteve no conselho consultivo da Caterpillar. O general Ernesto Geisel presidiu o conselho administrativo da Norquisa. O general Artur Moura esteve a serviço da Mendes Júnior, empreiteira que saiu do nada para tudo durante o regime dos generais. O almirante Fernando Carlos de Mattos foi vice-presidente da Settal Engenharia. O coronel Domingos Ventura Pinto Jr. esteve na folha de pagamento da Construtora Rabello. O filho de Costa e Silva serviu à General Eletric. O general Carlos Luiz Guedes, golpista de primeira hora, presidiu a Catemarq.
Juracy Magalhães presidiu a Ericsson do Brasil. Campos resume: a Odebrecht faturou “dois contratos que alteraram significativamente o seu porte, fazendo seu faturamento triplicar em um ano”.
Beleza!
Me parece não existir dúvidas de que a corrupção sempre existiu no Brasil. O que o atual governo roubou a mais (além de mais dinheiro, é claro), foi a nossa esperança. Antigamente tinha um barbudinho lá no ABC que reclamava contra a corrupção e outras coisas mais e dizia: para acabar com isso, vote no PT. A maioria acreditou e votou no PT e aí deu no que deu e está dando…Os antigos vestais estão aí para quem quiser ver (e prender).
E esta mesma direita que enriqueceu, como já sabíamos (quem e mais velho lembra destas coisas) tem a cara de ir para a mídia denunciar as atuais descobertas de corrupção, como se estas houvessem nascido nos governos do PT. Tem de ser muti desinformado para não se envergonhar de apontar este dedo sujo para os atuais governos, que pelo menos estão mostrando a sujeira.
Amei ter conhecimento dessa obra, principalmente, pesquisa de um jovem, nascido já no final da Ditadura Militar, datando a instalação da corrupção no Brasil. Parabéns ao autor, pela coragem. Graças a abertura política, e o jornalismo investigativo, que se desenvoveu.
Você não desiste.
Fala do fracasso da política econômica ideologizada da governanta chorona.
Fala da nova equipe econômica do PSDB, digo, do PT???
Cada dia me convenço mais que todo esquerdista é mentiroso, vadio, vigarista e muito incompetente.
Bolsonaro neles…pena que é homofóbico.
Então Reinaldo Azevedo neles…
Avante Brasil rumo a quebradeira geral.
Visão de futuro teve Costa e Silva, fechando as portas para empresas estrangeiras e privilegiando as nacionais. No meu entender nada de errado.
O problema é o DNA corruptivo. Os cientistas ainda hão de inventar um aparelho que ira medir o nível de corrupção de cada individuo no nascedouro. Dai cabe as autoridades: vida ou morte!
É….essa turma gosta do estado mínimo,mínimo para os outros e máximo pra eles,gostam do mercado,quando o mercado é só deles, adoram a livre concorrencia,quando concorrem só os mesmos uns com os mesmos outros, legítimo capitalismo brasileiro…enquanto isso o brasil segue aos cacos por causa dessa gente “bem sucedida”…não se pode esquecer que alguns se prestam nos dias de hoje a pedir a volta dos militatares ao poder em plena avenida paulista, a elite brasileira é digna de piedade e merecedora de justiça,justiça de verdade.
Ok, então a roubalheira do PT e a do PSDB estão todas totalmente justificadas. Costa e Silva é o culpado e não FHC, Lula e Dilma. E assim vamos… E quem sabe não culpamos Pedro A. Cabral? Há, apenas en passant, o carinha este do livro não sabe escrever. Escritor? O texto dele é bem fraquinho. Escritor do ano. É estamos mesmo mal.
Jovem historiador de 31 anos de idade, Pedro Henrique Pedreira Campos, deve ser historiador do PT é lógico.
Poderia também contar sobre quem era O Chefe do Mensalão e também quem é a Chefa do Escândalo da Petrobrás, vai ver que a culpa também é da Ditadura e dos Militares!!!!!
Agora o Marco Maia não citou ou responsabilizou ninguém no relatório é nós IDIOTAS temos que acreditar nesta BALELA, vai ver que a culpa é do PAPAI NOEL!!!!!!
Lembrando que o protecionismo, economia mais fechada e a escolha de “amigos do rei” para receber financiamentos e incentivos públicos, neste campo, mostram grande semelhança entre os governos militares e o atual governo. Os militares eram estatistas, não prezavam o livre mercado, assim como o atual governo. Se alguém discorda, sou todo ouvidos para os argumentos.
Olá, Juremir!
Concordo que a corrupção é generalizada. Pudera, quando numa Faculdade de Direito não se escuta mais a palavra “Justiça” é sinal que as coisas não estão indo muito bem.
Sinceramente, me parece que a Imprensa está trabalhando uma ideia tipo essa: “os políticos são vítimas das empreiteiras corruptoras”.
Desculpe-me, mas o mais grave não é a corrupção das empreiteiras (o que já é de certa forma esperado, infelizmente, na nossa sociedade), mas sim a dos protetores da propriedade do povo.
Os políticos, que representam o povo, não podem traí-lo por somas em dinheiro – ao bem comum não corresponde um valor monetário (ao menos deveria ser esta a visão de um eleito). A corrupção da empresa é grave e deve ser punida. Mas a corrupção do representante do povo, como diria meu pai, “é o fim da picada”.
E nada se fala. A culpa é do meio, não do agente.
Quando, por exemplo, temos de modificar a legislação eleitoral porque não confiamos mais na honestidade e honra dos nossos eleitos, não podemos falar em Democracia. Damos o governo da coisa pública a certas pessoas, já desconfiando que estas não podem governar sem submeter os interesses do povo aos interesses de empresas privadas.
Isto é comédia, não Democracia.
“É o fim da picada”.
Não só empreiteiros enriqueceram com a Ditadura.Tem também os donos de Rede de Televisão, principalmente aqueles vinculados a Rede Globo, constituída na época da ditadura,e que abocanhava 99% das verbas de publicidade.Não foi por acaso que houve a “anistia ampla e irrestrita”.
Vai plantar Batatas em Cuba e leva junto contigo Tarso, Taline, Dirceu, Fontana, Rosário, Marco Maia, Lula, Dilma…
Oportuna, oportuna, oportuna cronica. Precisa dizer mais esse genio incompreendido que é o Jurandir?
Sobre isso só posso afirmar o seguinte, nenhum ex-presidente do período militar ficou rico, agora, nos governos civis, quanta diferença, a riqueza não fica apenas no detentor do cargo, se espalha aos quatro ventos entre os familiares. Apenas um fato.
Mas Juremir, não havia corrupção no tempo da “Revolução Militar”! Era tudo uma maravilha! Tudo funcionava perfeitamente, o povo tinha acesso grátis à saúde, e a educação não era doutrinária, nossas crianças eram corretamente ensinadas a repudiarem o comunismo, a obedecerem à autoridade sem questioná-la e a serem cristãos bonzinhos e comportados, tudo de acordo com a moral e os bons constumes. Essa história de que os generais eram corruptos é invenção da imprensa vermelha, mancomunada com esse governo que quer implantar o comunismo, o socialismo e o bolivarianismo no Brasil. Vamos virar uma Venezuela! Volta ditadura!
Juremir, nada mudou, antes eram os militares, hoje veja abaixo:
BRASÍLIA – A Controladoria Geral da União (CGU) identificou irregularidades na contratação de funcionários e na criação de representação do Serviço Social da Indústria (Sesi), patrocinadas por líderes petistas, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A investigação foi aberta a partir de denúncias de funcionários do Sesi de que apadrinhados de petistas recebem altos salários sem trabalhar.
Entre os funcionários fantasmas identificados pelos técnicos da CGU estão Marlene Araújo Lula da Silva, nora do ex-presidente, e Márcia Regina Cunha, mulher do ex-deputado João Paulo Cunha, condenado no processo do mensalão. A reportagem foi veiculada pela revista “Época” deste fim de semana.
Os técnicos da CGU fizeram um trabalho meticuloso para levantar as irregularidades no Sesi, órgão do chamado Sistema S, bancado pelas indústrias para qualificar os trabalhadores do setor. A partir da indicação dos fantasmas, telefonaram em horários distintos à procura deles, foram aos escritórios do Sesi, vasculharam computadores e entrevistaram colegas de trabalho.
A nora de Lula, que é casada com Sandro Luís Lula da Silva, foi contratada para trabalhar na representação do Conselho Nacional do Sesi em São Bernardo do Campo, mas raramente aparece no local, conforme constatou a CGU. Ela tem salário de R$ 13.500 mensais, segundo a revista. Quem também deveria trabalhar na representação é Rogério Aurélio Pimentel, ex-assessor de Lula no Planalto, demitido com a chegada da presidente Dilma Rousseff. Pimentel também pouco é visto na representação. Em outra auditoria, a CGU questionou a criação da representação em São Bernardo, onde Lula mora, e não em São Paulo.
Na sede do Sesi em Brasília, os técnicos da CGU tentaram localizar a mulher de João Paulo, mas ficaram sabendo que ela quase não aparece por lá, embora tenha sido contratada em 2003 com salário de R$ 22 mil por mês. “Época” encontrou Márcia cuidando da reforma da casa do casal em São Paulo. Ela disse à revista que pode fazer seu trabalho tanto em Brasília como em São Paulo. Outro caso apurado pela CGU foi o do advogado e jornalista Douglas Martins de Souza, consultor jurídico do Sesi.
Presidido pelo ex-deputado Jair Meneguelli, desde o governo do ex-presidente Lula, o Sesi também emprega a sindicalista Sandra Cabral, amiga do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Ela tem um salário de R$ 36 mil por mês. Meneguelli também levou para o Sesi o petista Osvaldo Bargas, que foi seu companheiro na direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O salário de Bargas é de R$ 33 mil. A assessoria do Sesi disse à revista que os funcionários investigados pela CGU cumprem suas jornadas de trabalho normalmente e que os cargos são de livre provimento.
(Valor Econômico)
Vamos pegar só Itaipu:
Cinco conselheiros também irão permanecer na gestão da Itaipu Binacional (até 16 de maio de 2016). Os diretores têm mandato de cinco anos. Os conselheiros permanecem nos cargos por quatro anos.
Os conselheiros Alceu de Deus Collares, João Vaccari Neto, José Antonio Muniz Lopes foram indicados pelo governo federal. Luiz Pinguelli Rosa e Roberto Átila Amaral Vieira foram indicados pela Eletrobras.
A sexta vaga no Conselho será uma indicação do Ministério das Relações Exteriores, o que ainda não foi feito.
É mole!!!!!!!!!!!!
Chiiiiii…. outra jornalistinha chapa branca, me vez de dizer que “nunca antes neste pais” a corrupçao esta parecendo “programa de governo” vem com uma conversinha de “boi dormir” e dando a cilpa no regime militar, vc para escrever isto só pode ter “interesses” por que é a mesma coisa que condenar pedro alvares Cabral.
Tche, nao sub-estime os leitores do correio do povo.
Caro Juremir!!
Tenho acompanhado teu trabalho na Guaíba e no Correio, parabéns pelos dois.
Amigo, tenho observado nos teus comentários
e escritos uma tendência esquerdista razoável
mas, no meu conceito, aceitável.
O que preciso do nobre jornalista é que tentes apontar um caminho fora do eixo ditadura de esquerda ou de direita. Qual o regime que este país precisa para sair deste conflito que nos tem atrasado pelo que vejo eternamente em relação as potencias mundiais.
Só uma coisa, me avisa com muitos meses de antecedência de que será um regime comunista pois aí vou para Paris onde você também gosta de trabalhar.
O que não podemos admitir é que como o vizinho roubou ou rouba temos o direito de roubar também.
Continues firme nas tuas convicções e abraços.
Desculpe as falhas de escrita.
“Mas o que eu noto, considerando a história do capitalismo, é que a apropriação do público pelo privado é mais uma regra.”
Neste caso para os empresários roubarem o público eles se valeram (valem) de um estado corrupto. Não interessa muito o sistema. Empresas corruptas gostam de estados grandes e fortes por causa disto. É mais fácil de achar alguém corrupto e com poder para tocar adiante este tipo de privilégio.
Então tá tudo bem.
Justificado o podre do Brasil.
Estamos livres.
A ditadura é culpada de tudo.
Somos vítimas de um período negro que nos ensinou à roubar até hoje.Mas como disse, somos vítimas, não culpados.Continuamos à fazer a mesma coisa, mas temos o culpado.Podemos continuar a fazer o que fazemos.
Meu querido sans-cullote(cordeliers) de Palomas, procurei teu nome nos autores brasileiros para o Salão do livro de Paris, 2015, mas não encontrei.
Vc como Jean-Paul MARAT de Livramento deves continuar a desgustar a tua picanha no Barranco como um bom Cordeliers.
A culpa é dos militares, ami camarade.
Não é de surpreender que tu tenhas escolhido um livro de esquerda como o melhor do ano. Confesso que não li o livro pois como tu mesmo dizes, saiu por uma editora pouco conhecida. Mas pergunto, quanto os generais enriqueceram com os contratos firmados com as empreiteiras? Até agora não se ouviu nada a respeito, mesmo com a devassa promovida pela Comissão da Verdade. Muito diferente do enriquecimento ilícito verificado por atuais políticos, principalmente da esquerda e principalmente do PT.
Juremir, o que vou dizer não tem muito a ver com o fato mas é também em função de uma indicação de livro que citastes aqui. O livro do Claudio Guerra, na verdade é uma manobra pra desviar a atenção. Ele cita pessoas que já morreram, empresas que já faliram. Responsáveis pelos crimes provavelmente estão por aí e o propósito do livro é desviar o foco. É um chamarisco, boi de piranha. Se fossem fatos relevantes, tenho certeza que estaria morto assim como apagaram o manhães.
Não Juremir você esta errado durante a ditadura não havia corrupção eram todos anjos a serviço da família brasileira.
te imaginei em brasilia levando um lencinho ara secar as lagrima da dilma.
Não teve grande romance publicado, mas teve a revista menas.
http://revistamenas.com/2014/12/09/todo-mundo-nu/
Nada mudou! Nada mudará! A corrupção no país é sistêmica e institucional desde os tempos dos milicos. Tudo é deturpado e feito às escuras procurando sempre burlar as regras pré-estabelecidas. Nos bastidores é dito que as leis não são pra todos e, quando não se tem se cria uma “brecha”. Aqui é dito nas relações público/privado: “não se coloca um paralelepípedo sem corrupção”. Os Órgãos de controle do Estado são uma farsa contra os tubarões e eficazes contra as sardinhas. Num país que impera o “toma-lá-dá-cá” e o “jeitinho” o que esperar?
Parece que o culpado de tudo, do Brasil estar assim, são os militares. Acho até que foram eles que fundaram o PT, o partido da ética, da moralidade, que combate a corrupção a qualquer custo. Piada né.
Militares Petralhas!!
Deixa eu ver se entendi. Se houve corrupção no relacionamento entre as empreiteiras e os militares na ditadura, agora os petistas estão liberados para proceder da mesma forma. Acertei, Juremir?
E aí, instala-se no poder a esquerda que tudo sabe ao longo de 13 anos para acabar com essa farra e…..
Pobre PT, e demais partidos corruptos, incluido aí PSDB. Tese boa, absolvedora. Aliás deveria incluir estudos desde o descobrimento, das capitanias. Coitados, roubam, roubam muito, enriquecem mas fazer o que? Afinal, somos todos corruptos, todos ladrões. Que pais de m*! Que povo de m*
Por essa linha de pensamento devemos aceitar a corrupção como normal, se um fez o outro pode fazer.