Primeiro o homem luta pela sobrevivência.
Alguns passam a vida nisso.
Aqueles que superam essa barreira passam a lutar por reconhecimento, prestígio, poder e prazer.
Querem sentir-se ocupados e importantes.
Deve ser da natureza humana essa vontade de reconhecimento.
A política, por exemplo, é um jogo que permite, ao mesmo tempo, sentir-se útil, importante, reconhecido e ocupado.
Sócrates foi um grande jogador.
Fez o praticamente impossível: formou-se em medicina na condição de atleta.
Brilhou nos campos, politizou o futebol, ajudou a inventar a democracia corintiana, quebrou um paradigma: era um jogador com cérebro, ideias, posturas políticas e muita personalidade.
Terminada a carreira de jogador não conseguiu mais sentir-se ocupado, útil, importante e prestigiado.
Não deu certo como treinador.
Não deu certo como médico.
A sobrevivência estava garantida, pé-de-meia feito.
Desamparado, Sócrates bebeu a cicuta dos tempos atuais: álcool. Cerveja.
Não me consta que tenha tentado a política.
Teria sido um excelente senador.
O homem é um ser lúdico, uma eterna criança.
Se não tem um brinquedo, um jogo que o faça sentir-se grande, definha.
O inteligente Sócrates não conseguiu encontrar esse novo jogo depois do futebol.
Uma pena!
tanto quanto faltam jogadores com cérebro, também se dá a escassez de jornalistas que banquem suas críticas e as façam diretamente. Nesse ponto, o texto aí é bacana. Vai um punhado de coragem pra se criticar unanimidades.
Como quem se dá a criticar, abre-e para críticas (voluntariamente ou não), ofereço a devolutiva: essa pretensa biografia acima é trágica. Parece destacar mais os supostos (pelo menos não estão fundamentados) fracassos na medicina e como técnico, do que os feitos que fizeram de Sócrates a pauta de crônicas em todos os jornais, blogs esportivos e conversas de bar.
e, por fim, ainda arranja nos 45 min finais, tempo pra empurrar um kadim de moralismo barato. Convenhamos, puritanos, álcool e cicuta não dão lá metáfora coerente. Há quem beba cicuta e viva?
O álcool, qual outro vício qualquer (inclua aí qualquer coisa que nos altere a percepção, de alucinógenos à viés político) é um placebo. Dependendo do quanto precisamos dele, temos nossa consequência. Há quem precise menos, há quem precise mais. O diabo está na dosagem. Pretensão é achar que não precisamos de placebo nenhum.
Inteligente??? Se fosse não caia nessa de bebida. Na ultima entrevista depois de quase morrer ainda disse que tomaria um uisque.
Palavras perfeitas, frases verdadeiras sobre a vida de uma personalidade importante ao longo da nossa história!! Tu és muito feliz por tratar os assuntos da forma como trata. Sou professora e temos responsabilidades com a mensagem que deixamos para essa juventude!! Afinal lidamos com o educar, formar!! Salientemos sobre as escolhas que nossos jovens venham a fazer… que sejam as melhores, aquelas que valorizam a vida!….
O Juremir, como sempre, traduz o que pensamos e não conseguimos expressar em palavras.
socrates tinha alem de tudo:carisma e como humano que é, tinha um vicio!!mas viveu a vida dele juremir, apesar de nao ser perfeito como tu,tenho certeza que foi feliz!!!
Juremir: e já faz um bom tempo que não aparece um jogador com cérebro no futebol. Aliás , se fizeres uma prévia avaliação, verás que fora Sócrates, Mário Sérgio, Caju, Falcão e alguns outros, sobrou poucos com um mínimo de raciocínio lógico.
Sócrates, ao conquistar o campeonato paulista em 1982, disse: “O grande problema de São Paulo é não se chamar Corinthians.” O destino quis que ele encerrasse sua trajetória nessa vida, exatamente, no dia em que o seu ex-clube está pronto para encarar mais uma disputa pelo título nacional. Vale dizer:“O grande problema do craque Sócrates foi não ter vencido o jogo contra o álcool.”
Sócrates priorizou a formação acadêmica, tanto que só deixou o Botafogo de Ribeirão Preto e foi pro Corinthias depois de formado em medicina. Fumava e bebia, e um dos apelos da democracia corintiana passava em não impor restrições à vida pessoal dos atletas. Casagrande era parceiro, e já neste período foi detido portando droga.
Depois de abandonar o futebol, dedicou-se à Clínica Médica que abriu, especializada em medicina desportiva, em Ribeirão Preto.
Eu o vi jogar algumas vezes no Olímpico. Sócrates tinha um futebol elegante.
Certamente, hoje receberá as homenagens da torcida brasileira, especialmente a corintiana.
o homem é um ser lúdico, se não tem brinquedo definha… preciso juremir
Perfeito!