Robert Downey Jr. revive o papel de Sherlock Holmes, o detetive mais famoso do mundo, e Jude Law retorna como seu amigo e colega, Dr. Watson, no filme “Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras”. Até aà tudo igual ao filme anterior “Sherlock Holmes” (de 2009), incluindo a direção do ex-marido de Madonna Guy Ritchie, com seus já conhecidos momentos de humor e deboche. Na nova produção, Sherlock Holmes divide a inteligência na trama com um vilão, que é professor, assassino e vigarista: professor James Moriarty (Jared Harris). Não se trata de um filme para reflexão ou para apreciação de genialidades de interpretações e roteiro. é diversão, rememorando um dos personagens mais importantes criado pela imaginação policialesca ocidental. Em tempos de globalização acelarada, a trama traa uma geopolÃtica que, de fundo, serve para dar sentido aos movimentos de raciocÃnio e de corpo, vividos por Sherlock. Em todo o mundo, espalham-se as notÃcias: escândalo derruba magnata indiano do algodão; traficante chinês de ópio morre de possÃvel overdose; bombardeios em Estrasburgo e Viena; morte de magnata americano do aço. As ligações dos fatos só são vistas pelo astuto detetive criado pela imaginação de Sir Arthur Conan Doyle. Duas horas de filme levam os personagens e o espectador a passeios por França, Alemanha e, finalmente, SuÃça, no final do século XIX. Momentos que remetem as estratégias já usadas em produções ao estilo “007” e da trilogia de Jason Bourne.  Tecnologia não falta, hoje, para criar explosões, disfarces, alteração de velocidade das cenas e muito mais que mantém a atenção de um público sedento por aventuras cinematográficas. Preste atenção nas cenas do investigador mimetizados em poltronas ou cortinas… se você conseguir.
Mas, além de tecnologia, o filme tem outras novidades. No seu primeiro papel falando inglês, a sueca Noomi Rapace, de “Os Homens Que Não Amavam As Mulheres”, é, sim, uma cigana misteriosa; Jared Harris (“O Curioso Caso de Benjamin Button”) vive o notório professor Moriarty; e Stephen Fry (“Alice no PaÃs das Maravilhas”) é Mycroft, o irmão mais velho e excêntrico de Holmes.
Goste ou não, a produção já faz mais sucesso que o primeiro filme.
Por Marcos Santuario